Reforma - Como colocar um armário na parede

Fico sempre impressionada com a quantidade de etapas que temos que vencer para fazer algumas coisas simples como, por exemplo, fazer dois furos na parede para por um armário. A coisa é absurda, mas as vezes é mais complicado que o normal.

Mudamos de casa e meu marido resolveu montar e colocar os armários da cozinha ele mesmo. Um trabalhão, principalmente porque as paredes não são muito retas. Contudo, sobrou um armário que foi parar na sala e esse eu resolvi colocar na parede.

Não lembro a hora certa que comecei, mas foi perto do meio dia e o trabalho durou quase 6h e isso que tenho experiência.

Comecei afastando tudo de perto da parede a ser furada e peguei:

a furadeira,
mandril,
brocas,
parafusadeiras,
chave de fenda,
parafusos,
buchas
aspirador de pó,
trena,
nível,
escada
e o armário.

Medi o armário e determinei o local do furo na parede (etapa sempre complicada para mim). Coloquei a broca na furadeira e comecei o primeiro furo. Como imaginava, era concreto e, apesar da broca ser adequada, precisei fazer um pouco de força. O segundo furo, uma surpresa, uma camada grossa de reboco super mole e no fundo algo que parecia intransponível.

Aí a dúvida, continuar ou parar? O que tinha ali? A decisão era difícil, principalmente porque há eletricidade passando por perto. Telefonei para o marido para me aconselhar e resolvi arriscar. Regulei a furadeira para martelo (coisa que devia ter lembrado de fazer já para o primeiro furo) e rezei. Após algum tempo e muita força, eis que a furadeira conseguiu vencer a barreira.

Agora, faltava pouco, pensei. Era só pegar as buchas, colocar os parafusos, por o armário no lugar, fixar uma espécie de arruela, apertar o parafuso e pronto. Ilusão, a bucha do segundo furo, aquele que deu um um baita trabalho, não estava firmando e, quando eu rosqueava o parafuso, rodava moendo o reboco. Arriscar e deixar assim? Ponderei: tem vidro perto (duplo, caro, difícil de repor) e o inverno de -10ºC está chegando - melhor não!

Então, aflouxei os parafusos, desci o armário, retirei os parafusos e comecei a avaliar as opções: bucha e parafuso maior ou um novo furo em outro local (mais para baixo, mais para cima ou pro lado). Decidi pela buchas e parafusos maiores, contudo, a bucha maior que eu tinha era enorme e não há ferragem perto de onde moro. Resolvi usar o jeitinho brasileiro e cortar um pedaço da bucha. Já tinha feito isso antes, mas numa das ocasiões em que cortei a parte da bucha que fica mais para dentro da parede, ao rosquear o parafuso, o plástico ficou todo retorcido. Dessa forma, decidi cortar a extremidade que fica mais para fora e para dar mais segurança, colocar uma bucha menor dentro da grande. A princípio, o resultado pareceu ótimo. Puxei e parecia firme. Coloquei o armário, a arruela, apertei o parafuso e enchi o armário. A coisa parecia segura, mas uma insegurança não me largava: por quanto tempo? Tinha que fazer direito, senão não ia ficar tranquila.

Retirei tudo de dentro do armário, aflouxei os parafusos, tirei o armário, medi tudo novamente e fiz novos furos (tendo o cuidado de usar uma broca menor no lado mais macio da parede e aprofundar o furo na parte de concreto). Novo teste e tudo bem. Recoloquei o armário, ajustei o nível, pus as coisas dentro. Terminado!? Que nada! Faltava guardar as ferramentas, limpar a sujeira, por os panos usados para proteger da poeira para lavar e repor tudo que eu afastei no lugar.

Comecei pondo os panos na máquina, fui guardar as ferramentas e, derrepente, me dei conta: cadê o telefone? Procurei e nada. Será que coloquei junto com o panos para máquina de lavar? Corri, desliguei a máquina, pus para centrifugar e esperei pacientemente para poder abrir a porta. Nada de telefone, suspirei aliviada. Botei os panos novamente para lavar, as coisas no lugar e ei-lo.

A porta ficou para outro dia, pois já tinha passado da hora do jantar e eu ainda precisava ir ao supermercado.

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