Reflexões - Inveja
"Geralmente são os bens que provêm do acaso que provocam inveja." Aristóteles.
Eu concordo com Aristoteles que os bens que provem do acaso provocam inveja, mas, para mim, todos os bens provem do acaso. Se somos cultos, foi o acaso que nos permitiu nascer com as condições para isso. Sendo assim, todos os bens e conquistas são suscetíveis de causar inveja naqueles que desconhecem os próprios valores e possibilidades.
Conheci uma professora que depois de bastante idade e muita luta conseguiu comprar um carrinho novo. Chegou na escola, estacionou e foi dar sua aula. No fim do turno, voltou para pegar seu carro e quase chorou. Tinham feito um risco enorme no lado do carro.
Alguém pode pensar, devia ser uma megera odiada pelos alunos. Isso não é verdade. Ela era uma professora bastante estimada e comprometida com seu trabalho e com os alunos.
Foi nessa mesma escola que, algum tempo depois, durante uma trabalho sobre valores, alguns alunos me disseram que pessoas ricas eram más. Foi aí que entendi o motivo do arranhão no carro novinho de minha colega. Ela não era rica, mas tinha mais que eles.
Achei que valia a pena aprofundar o assunto e comecei a uma série de questionamentos. O objetivo era faze-los refletir sobre o que estavam dizendo.
Perguntei se eles eram pobres. Eles disseram que sim.
Perguntei se eles eram bons. Eles também responderam afirmativamente.
Quis saber se eles conheciam alguém que era pobre e mau e eles falaram que sim.
Por último, perguntei o que aconteceria se eles ganhassem na loteria e ficassem ricos.
Questionei se eles se tornariam magicamente maus caso ganhassem muito dinheiro e se partilhariam esse dinheiro com os pobres. A resposta foi não para as duas perguntas.
Na hora, eles pareceram entender que não se deve julgar alguém por ser rico ou pobre e sim por seu caráter, mas não sei o quão fundo esse trabalho abalou um preconceito tão arraigado.
Eu concordo com Aristoteles que os bens que provem do acaso provocam inveja, mas, para mim, todos os bens provem do acaso. Se somos cultos, foi o acaso que nos permitiu nascer com as condições para isso. Sendo assim, todos os bens e conquistas são suscetíveis de causar inveja naqueles que desconhecem os próprios valores e possibilidades.
Conheci uma professora que depois de bastante idade e muita luta conseguiu comprar um carrinho novo. Chegou na escola, estacionou e foi dar sua aula. No fim do turno, voltou para pegar seu carro e quase chorou. Tinham feito um risco enorme no lado do carro.
Alguém pode pensar, devia ser uma megera odiada pelos alunos. Isso não é verdade. Ela era uma professora bastante estimada e comprometida com seu trabalho e com os alunos.
Foi nessa mesma escola que, algum tempo depois, durante uma trabalho sobre valores, alguns alunos me disseram que pessoas ricas eram más. Foi aí que entendi o motivo do arranhão no carro novinho de minha colega. Ela não era rica, mas tinha mais que eles.
Achei que valia a pena aprofundar o assunto e comecei a uma série de questionamentos. O objetivo era faze-los refletir sobre o que estavam dizendo.
Perguntei se eles eram pobres. Eles disseram que sim.
Perguntei se eles eram bons. Eles também responderam afirmativamente.
Quis saber se eles conheciam alguém que era pobre e mau e eles falaram que sim.
Por último, perguntei o que aconteceria se eles ganhassem na loteria e ficassem ricos.
Questionei se eles se tornariam magicamente maus caso ganhassem muito dinheiro e se partilhariam esse dinheiro com os pobres. A resposta foi não para as duas perguntas.
Na hora, eles pareceram entender que não se deve julgar alguém por ser rico ou pobre e sim por seu caráter, mas não sei o quão fundo esse trabalho abalou um preconceito tão arraigado.
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