Pensadores: Simone Weil

Simone Adolphine Weil (Paris, 3 de fevereiro de 1909 — Ashford, 24 de agosto de 1943) foi uma escritora, filósofa, militante política e mística francesa.


Incrível que uma pessoa assim tenha existido!

Raramente, alguém se dispõem a se colocar no lugar do outro antes de julgar. 


Em "Diário da fábrica", ela escreveu: "a exaustão me fez esquecer finalmente as verdadeiras razões pelas quais estou na fábrica; ela torna quase invencível a tentação que esta vida traz consigo: não mais pensar".

Sua experiência como operária metalúrgica levou-a a abandonar quaisquer noções românticas que ainda tivesse sobre o proletariado e sua (ou de quem quer que fosse) habilidade para ajudá-lo.

Ela constatou que, salvo em raros momentos históricos de sublevação dos oprimidos, a opressão não resulta em rebelião, mas em obediência e apatia - e até mesmo na internalização dos valores do opressor."

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Simone_Weil)


"A amizade não se busca, não se sonha, não se deseja; ela exerce-se: é uma virtude".


"Nós não possuímos nada no mundo - pois o acaso pode tirar-nos tudo - salvo a capacidade de dizer eu. Eis o que é preciso dar a Deus, quer dizer, destruir"


"Dentre os seres humanos, apenas conhecemos completamente a existência daqueles a quem amamos".

"As necessidades de um ser humano são sagradas. Sua satisfação não pode estar subordinada a razões de estado, ou por qualquer consideração de dinheiro, nacionalidade, raça ou cor, ou quanto a moral ou qualquer outro valor atribuído ao ser humano em questão, ou a qualquer outro tipo de consideração."


"Um homem cuja mente sinta estar prisioneira preferirá ocultar o fato de si mesmo. Mas se ele odeia a falsidade, ele não o fará; e nesse caso, terá de sofrer muito. Ele baterá sua cabeça contra a parede até desmaiar. Ele voltará lá novamente e olhará com terror para a parede, até que um dia recomece a bater sua cabeça contra ela; e mais uma vez ele vai desmaiar. E assim por diante, sem fim e sem esperança. Um dia ele vai acordar do outro lado da parede."


"Igualdade é o reconhecimento público, efetivamente expresso em instituições e modos, do princípio de que um grau igual de atenção é devido às necessidades de todos os seres humanos."


"Eu vou sugerir que o barbarismo seja considerado como uma característica humana permanente e universal, a qual se torna mais ou menos pronunciada de acordo com o jogo das circunstâncias."


"Exatamente como de alguém que está sempre declarando ser bem intencionado é de quem se pode esperar, em alguma ocasião, a mais fria e a mais despreocupada crueldade, quando algum grupo se vê como portador da civilização, esta mesma crença os trairá, fazendo com que se comportem barbaramente na primeira oportunidade."


"A pureza é a capacidade de contemplar a mácula".


"A palavra Revolução é uma palavra pela qual se mata, pela qual se morre, pela qual se mandam massas populares para a morte. Mas que não tem nenhum conteúdo".


"Pensa-se hoje na revolução, não como maneira de se solucionarem problemas postos pela actualidade, mas como um milagre que nos dispensa de resolver problemas".


"Quem foram os idiotas que espalharam a história de que a força bruta não pode matar idéias? Nada mais fácil. E uma vez que estejam mortas, não são mais do que cadáveres."


"Há algo mais que tem o poder de nos despertar para a verdade. São os trabalhos dos escritores de gênio... Eles nos dão, à guisa de ficção, algo equivalente à densidade literal do real, aquela densidade que a vida nos oferece todo dia mas que somos incapazes de agarrar porque nos entretemos com mentiras."


"O futuro é feito da mesma substância do presente."


"O futuro não nos traz nem nos dá nada. Nós é que, para construí-lo, devemos dar-lhe tudo."


"Dois prisioneiros cujas celas são adjacentes comunicam-se entre si batendo na parede. A parede é aquilo que os separa mas também é o meio de comunicação. É a mesma coisa conosco e Deus. Cada separação é um vínculo."

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