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Mostrando postagens de novembro, 2011

Reflexões: Gentilezas

Hoje, aconteceu uma coisa legal.  Fiz uma dobradinha bike e metrô para a Praxis que fica perto do Ikea. Quando cheguei na Station Holendrecht descobri que o elevador estava estragado e a rampa para bike obstruida por andaimes (estavam de reforma ou limpeza).  A decisão era, ou ia para outra estação ou descia carregando a bike.  Estava bastante insegura, a bike é bem pesada e tem uma caixa atrás que complica bastante esse tipo de manobra, mas resolvi arriscar a escada.   Respirei fundo, busquei força no dedão do pé e fui. Havia muito movimento e isso aumentou meu medo, pois, se deixasse a bike cair, alguém poderia sair machucado.  A boa surpresa foi que, sem que eu pedisse, uma senhora se ofereceu para ajudar. Foi uma ajuda importante e me senti super agradecida.  Gestos como esse fazem com que eu lembre que é minha obrigação tentar, sempre que possível, ajudar os que cruzam meu caminho. Vera Schwarz 

Educação: Profissão Professor - desabafo

Estou fora de sala de aula desde 2007, mas recebi o  texto de uma professora paranaense que reflete muito do que vivi como professora e minha forma de pensar as políticas ligadas a educação. Carta escrita por uma professora que trabalha no Colégio Estadual Mesquita (Paraná), à revista Veja. "Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador. Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o qu

Reflexões: Consumismo

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Alguns anos atrás fui professora de Ciências em uma escola pública. Dava aula para adolescentes, mas me pediram que ficasse um pouquinho com uma turma de crianças de uns 9 ou 10 anos. Tínhamos, recentemente, recebido uma leva de crianças de escolas particulares. Acredito que devido ao aumento das mensalidades. A professora tinha deixado como tarefa uma redação sobre "o que deixa uma criança feliz". Quando soube sobre o que estavam escrevendo, quis saber o que pensavam. Elas queriam brinquedos, roupas e outras coisas do universo infantil, porém na redação de algumas havia referencias explicitas as marcas, coisa que nunca tinha visto antes. Confesso que fiquei chocada. Ontem, vi um vídeo que me fez lembrar dessa história e mexeu comigo da mesma forma. Podemos reverter isso? Quem ganha e quem perde com esse consumismo desenfreado? Adoramos bichinhos de pelúcia, mas não nos importamos com os de carne e osso. Nos deliciamos com as imagens de animais lindíssimo

Animais - Gatos - Mezanino para os gatos

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Hoje, foi um dia muito bonito em Amsterdam. Apesar do frio, teve sol e, como não podia deixar de ser, aproveitei para passear um pouco de tarde. Contudo, pela manhã resolvi pôr uma prateleira sobre a porta do corredor. Faz tempo que queria fazer uma espécie de mezanino para os gatos. Tinha sobrado umas prateleiras dos armários embutidos e peguei uma delas esses dias e pintei. Hoje, era só colocar no lugar. Como sempre as etapas são quase as mesmas: furadeira, broca, mandril, parafusadeira, escada, buchas, parafusos, prateleira, os suportes de metal em "L", nível a laser, extensão, aspirador de pó. Precisei acrescentar: massinha e espátula para tapar um furo que deu errado, um martelo para empurrar as buchas e um alicate para tirar uma bucha que não entrava e nem saía Aí, foi pegar todo o equipamento, fazer os furos, por a prateleira no lugar, guardar tudo, limpar e, depois de uma hora, estava tudo pronto. Agora falta retocar a pintura da prateleira e fazer

Reforma - Furar parede de concreto não é uma boa idéia

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Eu tenho dois gatos que não saem para rua, portanto, tenho que ter alguns toilettes para eles. Li que para dois gatos o indicado era pelo menos dois e para não ficar no mínimo comprei três. O problema é onde colocar. A sacada é um bom lugar,mas no verão pega sol e no inverno é frio. O problema do sol não é muito grave, basta limpar mais vezes, mas ter que se agasalhar toda e ficar a -8ºC limpando WC de gato não é meu ideal de consumo. Resovi ser criativa. Arranjei um espaço que dá para o hall para um dos banheiros, mas queria lugar para mais um. Pensei em isolar a parte de baixo de um armário que dá para o corredor e colocar um outro WC lá. Contudo, gatos tem vida noturna e já houve vezes que tivemos que trancá-los na sala para podermos dormir. O jeito então era abrir uma portinha que permitisse a passagem da sala direto para esse espaço, sem que os gatos tivessem acesso ao corredor. O problema é que essa parede é de concreto, mas como eu já tinha furado paredes de concreto a

Reforma - O que se pode aprender colocando um trilho de cortina

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A primeira coisa a dizer é: quando não se é profissional a gente erra mesmo e tem que refazer. Entretanto, algumas dicas podem ser úteis e algumas delas podem ser aplicadas a outras situações. São elas: Se tem um jeito fácil e um difícil, opte pelo fácil logo de início, mesmo que ele pareça, a princípio, mais difícil. O trilho da cortina era super leve, teria sido mais fácil se eu prendesse o trilho no suporte para depois prender o suporte na parede. Optei em prender o suporte primeiro para depois tentar encaixar os parafusinhos que iriam sustentar o trilho no suporte. Certifique-se que está enxergando bem. Caso não, pare tudo e vá buscar os óculos e/ou acender a luz. Quando um parafuso tem que encaixar num buraco pequeno, poder ver  bem faz muita diferença. Verifique se está numa posição que permita o melhor ângulo de visão e ação. Fiquei sobre uma cadeira, espichando o pescoço tempo demais antes de buscar a escada. Pura preguiça. Se tem algo no ambient

Psicologia e Afins: Lowen - liberdade e limites

O Homem é um animal social; vive em grupos. O grupo, e posteriormente a comunidade, foram necessários à sua sobrevivência. Foi dentro do contexto comunitário que a fala e a função do pensamento abstrato se desenvolveram. A comunidade estável funcionou como a matrix do crescimento cultural que, então, permitiu que o homem expandisse seu ego e adquirisse um senso de vontade. Na verdade, a comunidade e a cultura têm servido para intensificar a sensação que a pessoa tem de sua própria individualidade. É-se individuo, independente de se ser ou não parte de uma comunidade; mas somente pelo referencial de uma comunidade é que a pessoa toma consciência de sua individualidade ou de si própria. Contudo, o foco sobre o si-mesmo ou sobre o ego age no sentido de distanciar pessoas e de diminuir as forças coesivas que mantêm a comunidade unida.(...) Quando as comunidades desintegram-se, deteriora a individualidade. As pessoas perdem o senso de seu significado ou valor individual e tornam-se unid

Psicologia e Afins - Lowen - Violência

"É a perda da liberdade, a sensação de estar preso numa armadilha, que é responsável pela violência no mundo de hoje. Restrinja–se a liberdade de qualquer animal e teremos uma criatura violenta em nossas mãos. O homem não é exceção. Não podemos culpar fatores econômicos pela violência. As pessoas têm vivido pacificamente em suas comunidade, sob condições de penúrias econômicas muito maiores.Injustiças podem provocar revolta e rebeliões, mas a violência tem propósito e direção. Boa parte da violência no mundo moderno não tem sentido e é destrutiva. ... Animais presos lutarão uns contra os outros quando não conseguirem dirigir sua agressividade contra a causa de sua perda de liberdade." Lowen, Alexander - Medo da Vida, 10º edição - São Paulo: Summus Editorial, 1986. PS.: foi transcrito sem as correções ortográficas.