Escritores: Phyllis K. Davis - Por Favor, Me Toque

Se sou seu bebê,
Por favor me toque.
Preciso do seu afago de maneira que talvez nunca saiba.
Não se limite a me banhar, trocar minha fralda, me alimentar,
Mas me embale carinhosamente, beije meu rosto e acaricie meu corpo.
Seu carinho gentil, confortador, transmite segurança e amor!

Se sou sua criança,
Por favor me toque.
Ainda que eu resista e até rejeite,
Insista, descubra um jeito de atender a minha necessidade.
Seu abraço de boa noite ajuda a adoçar meus sonhos.
Seu carinho de dia me diz o que você sente de verdade.

Se sou seu adolescente,
Por favor me toque.
Não pense que eu, por estar crescido,
já não precise saber que você ainda se importa.
Necessito de seus braços carinhosos, preciso de uma voz terna.
Quando a vida fica difícil, a criança em mim volta a precisar.

Se sou seu amigo,
Por favor me toque.
Nada como um abraço afetuoso para eu saber que você se importa.
Um gesto de carinho Quando estou deprimido me garante que sou amado,
E me reafirma que não estou só.
Um gesto de conforto talvez seja o único que eu consiga.

Se sou seu parceiro sexual,
Por favor me toque.
Talvez pense que sua paixão basta,
Mas só seus braços detém meus temores.
Preciso de seu toque terno e confortador,
Para me lembrar de que sou amado apenas porque eu sou eu.

Se sou seu filho adulto,
Por favor me toque.
Embora eu possa ter a minha família para abraçar, ainda preciso dos braços de mamãe e papai. Quando me machuco.
Como pai a visão é diferente,
Eu os estimo ainda mais!

Se sou seu pai idoso,
Por favor me toque.
Do jeito que me tocaram quando eu era bem pequeno.
Segure minha mão, sente-se perto de mim,
Dê-me forças,
E aqueça meu corpo cansado com sua proximidade. Minha pele, ainda que muito enrugada , adora ser afagada.

Não tenha medo.
Apenas me toque.

Phyllis K. Davis - O Poder do Toque

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escritores: Sant-Exupéry - O Pequeno Príncipe

Poemas - Paulo Cesar Pinheiro e João Aquino: Viagem nas Asas da Poesia

Filmes - As três Palavras Divinas - Tolstói