Educação: Vera Schwarz - Aviões de Papel
Um dos problemas que tinha quando era professora de Ciências eram as bolinhas de papel, pois os atingidos sempre reclamavam, muitas vezes sem razão, pois eles próprios já haviam atirado algumas. Era o maior tumulto.
Eu, normalmente, virada para o quadro quando os projéteis eram atirados, nunca sabia ao certo quem era "o" ou "os" responsáveis. Perguntar, era desfiar um rosário interminável de acusações mútuas de quem começou primeiro que, provavelmente, me remeteria ao primeiro ano em que eles estudaram juntos.
Vão dizer que coisa sem importância! Contudo, tenta fazer os alunos prestarem atenção a matéria com bolinhas voando pela sala e s vítimas reclamando e querendo revanche...
Além disso, eu era a adulta do grupo e pior a professora e, portanto, com a obrigação de ensinar que retirar do caderno folhas em branco para fazer bolinhas é um desperdício inútil, com consequências para a economia familiar e para o ecossistema. E isso sem falar no aumento de trabalho que isso causava para o pessoal da limpeza.
Contudo, vai dizer isso para uma criança cheia de energia que está há horas sentada em uma cadeira dura. Nem os adultos aguentam. Basta ver uma reunião de professores.
E lá vai você com aquele discurso chato e é bláblabá, bláblabá, bláblabá... E no outro dia tudo de novo e na outra turma tudo de novo.
Tinha, ainda, os aviõezinhos de papel. Esses sim eu gostava, pois pelo menos eram mais criativos. Vai que saísse dali algum engenheiro!? Lembro que tentei convencê-los a buscar na internet como fazer aviões de papel diferentes e a organizar um concurso. Dizer que não deu em nada seria mentira, pois pararam de fazer aviõezinhos. Parece que existe uma relação inversamente proporcional entre o que é permitido e o que é divertido.
Passou um tempo, parei de dar aula e me mudei para Portugal. Com tempo livre, coisa que todo professor deveria ter, pelo menos um pouco, encontrei esse site:
http://www.lowe-tech.com/portfolio/swf/paperplanes.swf
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Eu, normalmente, virada para o quadro quando os projéteis eram atirados, nunca sabia ao certo quem era "o" ou "os" responsáveis. Perguntar, era desfiar um rosário interminável de acusações mútuas de quem começou primeiro que, provavelmente, me remeteria ao primeiro ano em que eles estudaram juntos.
Vão dizer que coisa sem importância! Contudo, tenta fazer os alunos prestarem atenção a matéria com bolinhas voando pela sala e s vítimas reclamando e querendo revanche...
Além disso, eu era a adulta do grupo e pior a professora e, portanto, com a obrigação de ensinar que retirar do caderno folhas em branco para fazer bolinhas é um desperdício inútil, com consequências para a economia familiar e para o ecossistema. E isso sem falar no aumento de trabalho que isso causava para o pessoal da limpeza.
Contudo, vai dizer isso para uma criança cheia de energia que está há horas sentada em uma cadeira dura. Nem os adultos aguentam. Basta ver uma reunião de professores.
E lá vai você com aquele discurso chato e é bláblabá, bláblabá, bláblabá... E no outro dia tudo de novo e na outra turma tudo de novo.
Tinha, ainda, os aviõezinhos de papel. Esses sim eu gostava, pois pelo menos eram mais criativos. Vai que saísse dali algum engenheiro!? Lembro que tentei convencê-los a buscar na internet como fazer aviões de papel diferentes e a organizar um concurso. Dizer que não deu em nada seria mentira, pois pararam de fazer aviõezinhos. Parece que existe uma relação inversamente proporcional entre o que é permitido e o que é divertido.
Passou um tempo, parei de dar aula e me mudei para Portugal. Com tempo livre, coisa que todo professor deveria ter, pelo menos um pouco, encontrei esse site:
http://www.lowe-tech.com/portfolio/swf/paperplanes.swf
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Comentários
Eu era uma peste em sala de aula, hoje fico pensando nos tempos de colégio e, como adulto, vejo a dificuldade que devia ser pros professores.
Eu não jogava bolinhas nem aviões, mas falava demais e estava sempre rindo.
Na verdade isso de falar de mais e estar sempre rindo ainda faz parte da minha vida, mas nos momentos apropriados. ;)
Beijos.
Marina Moreau.